quinta-feira, 9 de outubro de 2008

sobre sonhos

esta noite sonhei
que era uma multidão
e estava sozinho
procurando a resposta
falei com todos.
perguntei sobre a saída;
pareciam ocupados
serei eu um celular com alma?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Egoísmo

Egoísmo (ego + ismo) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Neste sentido, é o antônimo de altruísmo.

Egoísmo e Egocentrismo

O egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e fatos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender.

Natural ou Adquirido?

Há controvérsia se o egoísmo é uma característica natural humana ou se é um hábito adquirido, como um vício moral da pessoa. A psicologia do desenvolvimento observa que a infância se caracteriza pela passagem de uma atitude naturalmente egocêntrica - em que a criança tem por referência seu organismo e suas necessidades - para uma atitude social e interativa. Deste modo, o egoísmo seria a recusa da pessoa em deixar essa fase infantil, uma luta por manter viva a fantasia do egocentrismo. Naturalistas, como Richard Dawkins, postulam a base natural do egoísmo a partir da tendência dos replicadores do organismo se associarem apenas segundo o interesse de passar à próxima geração de organismos. É a hipótese do gene egoísta, ou seja, de que os mecanismos genéticos de reprodução agem com fins imediatos e egoístas. O altruísmo seria uma legitima construção da cultura humana.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Por mais que eu me rasgue
não esteja, e perceba
a rotina para alcançar
lugar de desorganizar.

ainda que me eltrocute
me descreva e me fortaleça
quem decide, ou quem escolhe?

Desta vez tem um ponto final
o pôr do sol, que é tropical
e a minha cabeça que
não pára de rodar!
não, não, não.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008


Fortuna, segundo representação de Tadeusz Kuntze (Fortuna, 1754)

Tadeusz Kuntze (Fortuna, 1754)

Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente.

Fortuna era considerada filha de Júpiter. Roma dedicava a ela o dia 11 de Junho, e no dia 24 do mesmo mês realiza um festival em sua homenagem, o Fors Fortuna. Seu culto foi introduzido por Sérvio Túlio, e Fortuna possuía um templo nos tempos de Roma republicana próximo ao Capitólio chamado de templo de Fortuna Virilis.

Rita a Ninfomaníaca

Rita meu bem/o que é que vc tem?
qdo entra no meu quarto/só quer fazer neném!

Rita corre senão seu coração derrete.
(Rita a Ninfomaníaca);

Vá ao supermercado/ comprar o seu amor
foi lá que avistei Rita/gastando todo seu pudor.

Rita corre senão seu coração derrete.
Rita a Ninfomaníaca/corre senão seu coração derrete.

AUTOPSICOGRAFIA

(Fernando Pessoa)

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.